sábado, 7 de janeiro de 2017

Resenha: Prisoner of Night and Fog, de Anne Blankman

Sinopse:
Na Munich dos anos 1930, perigo espreita atrás de cantos escuros, e as ruas são enterradas dentro da cidade. Mas Gretchen Müller, que cresceu no Partido Nacional Socialista sob a proteção de seu tio Dolf, foi protegida desse lado da sociedade desde que seu pai trocou sua vida pela de Dolf, e Gretchen é
 sua favorita, seu bichinho de estimação.
Tio Dolf é outro senão Adolf Hitler. E Gretchen segue qualquer comando seu.
Até que ela conhece um jovem repórter judeu destemido e bonito chamado Daniel Cohen, que alega que seu pai, o adorado mártir nazista, foi na verdade assassinado por um colega desconhecido. Ela deveria desprezar Daniel, mas ela não consegue parar de escutar sua história - ela também não consegue resistir a atracão entre os dois, apesar de tudo que ela foi ensinada a acreditar.
A medida que Gretchen investiga as pessoas que ela sempre considerou amigas, ela deve decidir onde suas lealdades estão. Ela escolherá a segurança de sua antiga vida como uma amada dos Nazistas, ou ela ousará cavar a verdade - mesmo que isso possa fazer ela e Daniel morrerem?




Prisoner of Night and Fog, primeiro livro de uma duologia, foi uma ótima leitura que fechou meu 2016. Ambientado na Alemanha no início dos anos 1930, é um livro com um desenvolvimento de personagem interessante, pesado em certas partes e no geral uma narrativa que me prendeu até o final.  
"'Why are people unhappy?' and he had concluded that one way people try to lessen their unhappiness is by finding a group to hate." 
O amadurecimento da Gretchen ao longo da história é a melhor parte do livro. Uma adolescente inocente no começo, produto de uma criação voltada a não questionar nada, ela se rebela ao ser alvo de injustiças e ao passo que se aprofunda mais e mais sobre o assassinato de seu pai. Sua visão sobre a realidade muda gradualmente com a ajuda de Daniel, um jornalista judeu. Entretanto, como seria de se esperar, em várias partes ela hesita, pensando no que foi ensinado a ela até perceber qual o lado certo. De certo modo, ela representa o cidadão alemão da época, manipulado pelo poder de persuasão de Hitler, exceto que esse véu é retirado de seus olhos.
"[Hitler] was in a bad mood because he had seen an opera in which he didn't like the soprano, and he spent nearly an hour dissecting the singer's performance..." 
O mistério que Gretchen e Daniel investigam é bem fácil de decifrar para o leitor, por motivos óbvios, mas isso não estraga a leitura, Um ponto interessante é que muitos personagens apresentados são figuras históricas que a autora detalha o papel em um glossário nas notas finais do livro. 

Existem algumas cenas fortes que algumas pessoas possam ter dificuldade de ler, mas que são pontos cruciais para dar pontos de partida nos arcos dos personagens, Foram bem executadas, me levando a querer tirar a Gretchen da realidade dela e a proteger de tudo.
"'He doesn't understand things as we do, Gretchen. I shall have a talk with him.'
Gretchen froze. Surely she couldnt have heard it correctly. 'Mama, don't you see
what he did to me?'"
Admito que  em um ponto da leitura achei que no clímax a autora optaria por usar um Deus Ex Machina, mas ainda bem que foi bem desenvolvido e com um gancho para o segundo volume, Conspiracy of Blood and Smoke.

Para encerrar, uma foto de dois dos meu amores:



Por E.

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